Dia 24, domingo, a partir das 22 horas, começa o Oscar, a grande festa do cinema mundial, nem sempre agradável, porém, a todos os fãs de cinema. A festa nunca foi e nunca será parâmetro para avaliar a qualidade dos filmes, mas, de fato, nenhum festival o é. Esse ano a Academia tem belas opções e resta saber se as premiações agradarão a todos...
Melhor Direção - Bom, se Onde Os Fracos Não Têm Vez leva a estatueta de Melhor Filme, adivinha quem fatura o prêmio desta categoria? Claro, os irmãos Joel e Ethan Coen. Um trabalho de direção fenomenal, para cineastas que representam o lado inteligente e criativo das produções hollywoodianas. Eles já levaram todos os prêmios possíveis e com o Oscar não deve ser diferente. Paul Thomas Anderson também teve um trabalho de direção bastante seguro, e com toques de experimentação visual. Mas acho que, neste ano, a vez é dos irmãos Coen.
Melhor Roteiro Original - Juno (minha escolha inicial) não deve levar nada nas categorias principais, e tem mais chances neste quesito. Concorrem com ele o ótimo Ratatouille, Conduta de Risco, Lars and the Real Girl e A Família Savage. Como não vi os últimos dois citados, vou me arriscar entre os já assistidos. Gostaria que o Oscar fosse para Ratatouille ou Conduta de Risco. Mas o filme do ratinho cozinheiro já vai levar pelo menos o de Melhor Animação. Fico com o outro que, apesar de rotulado de seco, distante e frio, tem um roteiro muito mais profundo e seguro que os outros indicados. E Juno? Sinceramente, melhor nem comentar.
Melhor Roteiro Adaptado - Essa é uma categoria das mais disputadas. Sangue Negro, Desejo e Reparação e Onde Os Fracos Não Têm Vez dividem espaço com Longe Dela e O Escafandro e a Borboleta. Não vi os últimos dois, mas não acredito que o Oscar saia dos primeiros três concorrentes. Torço por Desejo e Reparação mas acredito que o prêmio vá para Onde Os Fracos Não Têm Vez, como consequência das vitórias nas categorias de Melhor Filme e Direção.
Melhor Atriz - Das indicadas, só pude ver a atuação de Ellen Page, em Juno, então não tenho como arriscar muito. As prévias, antes do começo de 2008, davam como certo o prêmio para Marion Cotillard, por Piaf - Um Hino ao Amor. Mas quem ganhou força nas últimas semanas foi Julie Christie, pelo drama Longe Dela. Ela levou o SAG (sindicato dos atores), o Globo de Ouro na categoria e é a favorita ao Oscar. Mas meu coração apóia Cate Blanchett, que foi indicada novamente pelo papel de Elizabeth, aquele que a lançou para a fama, em 1998, no filme Elizabeth - A Era de Ouro. Acho que não leva, mas mesmo assim torço por ela, talvez a melhor atriz dos últimos tempos.
Melhor Atriz Coadjuvante - Nesta categoria, pude conferir mais perfomances: Ruby Dee, por O Gângster, Tilda Swinton, por Conduta de Risco e Saoirse Ronan, por Desejo e Reparação. Bom, Ruby levou o SAG. Mais uma homenagem a uma atriz em fim de carreira do que para uma premiação pela qualidade da atuação. Não que ela tenha ido mal, pelo contrário. Apareceu pouco e foi muito bem. Só acho que a personagem teve pouca relevância no roteiro. Tilda Swinton, em um papel contundente, é a favorita, e pode barrar Cate Blanchett, por Não Estou Lá, na disputa. Mas, de novo, escolho com o coração. Amei a atuação de Saoirse Ronan em Desejo e Reparação. Uma atriz infantil que teve uma perfomance maravilhosa, irrepreensível e surpreendentemente de muita profundidade. É incrível como Hollywood revela talentos infantis a cada ano que passa. Em 2007 foi Abigail Breslin, a de A Pequena Miss Sunshine, que também recebeu indicação nesta categoria.
Melhor Ator - Daniel Day-Lewis já levou o Oscar uma vez, por Meu Pé Esquerdo... E deve ser o escolhido da Academia novamente. Perfeito, intocável em Sangue Negro. Mas se George Clooney, de Conduta de Risco, levar o Oscar, não vou ficar desapontado...
Melhor Ator Coadjuvante - A categoria mais previsível da noite. Javier Bardem certamente ganhará. Precisa ganhar. É obrigação da Academia premiá-lo com o Oscar. Ufa!
Melhor Filme de Animação - Vide categoria de Melhor Roteiro Original.
Melhor Fotografia e Direção de Arte - Coloquei junto porque escolho o mesmo vencedor para ambas: Desejo e Reparação. Mas não tenho favoritos nestas categorias. Onde Os Fracos Não Têm Vez e Sangue Negro também são filmes de muito primor estético e merecem tanto quanto o meu escolhido.
Melhor Figurino - Fortes concorrentes. Escolho Desejo e Reparação, mais pela beleza estética apresentada no geral. Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, um musical bastante cansativo e sombrio de Tim Burton, talvez seja o grande concorrente.
Melhores Efeitos Visuais - Não vi A Bússola de Ouro e vi Piratas do Caribe: No Fim do Mundo. Mas não tenho dúvida nenhuma de que Transformers levará essa estatueta, e com autoridade. Tudo bem, é um filme ingênuo, infantil, um verdadeiro arrasa-quarteirões descerebrado feito para ganhar dinheiro. Tão somente. O que salva é o visual, algo espetacular, de um apuro técnico que beira a perfeição. A experiência que tive no cinema foi algo inesquecível.
Melhor Trilha Sonora - O Caçador de Pipas e Os Indomáveis têm poucas chances contra os outros indicados. Desejo e Reparação teve um trabalho sonoro esplêndido, destacado quando a personagem Briony Tallis, de Saoirse Ronan, entra em cena. A trilha musical ganha sons de teclas de máquina de escrever, um simbolismo que ajudou a dar ainda mais significação à trama. Com Ratatouille não foi diferente. A trilha é frenética e pontuada de maneira sempre muito veloz, como é o personagem de Remy, o ratinho cozinheiro. Mas minha preferência é por Conduta de Risco. Já que Sangue Negro, que teve todo o trabalho musical produzido por Johnny Greenwood, da banda Radiohead, ficou de fora, fico com o filme de George Clooney. James Newton Howard (de O Sexto Sentido, Sinais e O Fugitivo) concebeu uma trilha sonora de alma semelhante a do filme: fria, quase metálica, mórbida, quase desumana. Casou muito bem com a temática corporativa que inspirou Conduta de Risco.
Melhor Maquiagem - Pela decepção que foi Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, torço por Piaf - Um Hino ao Amor. Norbit? Nem pensar. No way.
Melhor Montagem (ou Edição) - Essa estatueta sempre é misturadas com as outras categorias de ordem técnica, mas é muito importante. Geralmente, define os indicados nas categorias principais. Cavando espaço entre os favoritos Onde Os Fracos Não Têm Vez e Sangue Negro, aparecem o frenético O Ultimato Bourne, O Escafandro e a Borboleta e Na Natureza Selvagem. Dou o prêmio a quem levou a estatueta de Melhor Filme.
Melhor Som e Edição de Som - Os escolhidos da Academia são praticamente os mesmos nas duas modalidades de avaliação sonora. Apenas duas ressalvas: Sangue Negro aparece em Edição de Som e perde espaço para Os Indomáveis no outro quesito. A categoria de Edição de Som envolve a questão da criação de efeitos sonoros para um filme, o que denota, também, a edição da manipulação desses elementos. Acho que Transformers foi o que apresentou mais complexidade e perfeição neste quesito, não tenho dúvida de que é o grande favorito. O Oscar de Melhor Som (ou Mixagem de Som) indica os filmes que tiveram melhor qualidade na gravação e na perfomance de composição sonora. Isso inclui a colocação de diversas faixa de áudio de maneira harmônica, envolvendo música e efeitos sonoros. Transformers, novamente, destaca-se como o grande favorito ao lado de Ratatouille. Pela perfeição técnica vista nos filmes, fica difícil escolher. Fico com Ratatouille, um espetáculo de qualidade instrumental e técnica.
Palavras e mais palavras de muito embromation de cinéfilo. Vou jantar.
Melhor Filme - Bons filmes concorrem nesta categoria (exceto o superficial Juno), a mais importante da noite de domingo. De início, havia escolhido Sangue Negro. Agora, tendo assistido a todos os concorrentes, fico com Onde Os Fracos Não Têm Vez, dos irmãos Coen. Simplesmente, o melhor filme, em todos os aspectos, tanto no técnico quanto no temático, que é sobre a banalização da violência, desenvolvido e concluído de maneira nada convencional (isso sem falar no enigmático e assustador papel de Javier Bardem). Personagens inesquecíveis e diálogos inspirados fazem deste filme talvez o melhor da década. Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson (o mesmo do ótimo Embriagado de Amor), não fica muito atrás. É também um excelente filme, apresentando um tema parecido com o de Cidadão Kane, suscitando, novamente, um personagem de extrema ganância. Desejo e Reparação também foi uma ótima referência da Academia. Levou o Globo de Ouro de Melhor Filme Drama e o Bafta de Melhor Filme, mas, no Oscar, deve se contentar apenas com a indicação. O criticado Conduta de Risco tem poucas chances, e parece ter caído no ano errado. Um grande filme, com uma trama inteligente e muito interessante, que, infelizmente, concorre com filmes fortes. Juno, a queridinha-comédia-independente-hype-do-ano é o mais fraco entre os cinco concorrentes. Pretensioso enquanto comédia e cativante como drama. Uma pena que tenha deixado filmes interessantes de fora da disputa, como Na Natureza Selvagem, dirigido e roteirizado por Sean Penn, por exemplo.
Melhor Direção - Bom, se Onde Os Fracos Não Têm Vez leva a estatueta de Melhor Filme, adivinha quem fatura o prêmio desta categoria? Claro, os irmãos Joel e Ethan Coen. Um trabalho de direção fenomenal, para cineastas que representam o lado inteligente e criativo das produções hollywoodianas. Eles já levaram todos os prêmios possíveis e com o Oscar não deve ser diferente. Paul Thomas Anderson também teve um trabalho de direção bastante seguro, e com toques de experimentação visual. Mas acho que, neste ano, a vez é dos irmãos Coen.
Melhor Roteiro Original - Juno (minha escolha inicial) não deve levar nada nas categorias principais, e tem mais chances neste quesito. Concorrem com ele o ótimo Ratatouille, Conduta de Risco, Lars and the Real Girl e A Família Savage. Como não vi os últimos dois citados, vou me arriscar entre os já assistidos. Gostaria que o Oscar fosse para Ratatouille ou Conduta de Risco. Mas o filme do ratinho cozinheiro já vai levar pelo menos o de Melhor Animação. Fico com o outro que, apesar de rotulado de seco, distante e frio, tem um roteiro muito mais profundo e seguro que os outros indicados. E Juno? Sinceramente, melhor nem comentar.
Melhor Roteiro Adaptado - Essa é uma categoria das mais disputadas. Sangue Negro, Desejo e Reparação e Onde Os Fracos Não Têm Vez dividem espaço com Longe Dela e O Escafandro e a Borboleta. Não vi os últimos dois, mas não acredito que o Oscar saia dos primeiros três concorrentes. Torço por Desejo e Reparação mas acredito que o prêmio vá para Onde Os Fracos Não Têm Vez, como consequência das vitórias nas categorias de Melhor Filme e Direção.
Melhor Atriz - Das indicadas, só pude ver a atuação de Ellen Page, em Juno, então não tenho como arriscar muito. As prévias, antes do começo de 2008, davam como certo o prêmio para Marion Cotillard, por Piaf - Um Hino ao Amor. Mas quem ganhou força nas últimas semanas foi Julie Christie, pelo drama Longe Dela. Ela levou o SAG (sindicato dos atores), o Globo de Ouro na categoria e é a favorita ao Oscar. Mas meu coração apóia Cate Blanchett, que foi indicada novamente pelo papel de Elizabeth, aquele que a lançou para a fama, em 1998, no filme Elizabeth - A Era de Ouro. Acho que não leva, mas mesmo assim torço por ela, talvez a melhor atriz dos últimos tempos.
Melhor Atriz Coadjuvante - Nesta categoria, pude conferir mais perfomances: Ruby Dee, por O Gângster, Tilda Swinton, por Conduta de Risco e Saoirse Ronan, por Desejo e Reparação. Bom, Ruby levou o SAG. Mais uma homenagem a uma atriz em fim de carreira do que para uma premiação pela qualidade da atuação. Não que ela tenha ido mal, pelo contrário. Apareceu pouco e foi muito bem. Só acho que a personagem teve pouca relevância no roteiro. Tilda Swinton, em um papel contundente, é a favorita, e pode barrar Cate Blanchett, por Não Estou Lá, na disputa. Mas, de novo, escolho com o coração. Amei a atuação de Saoirse Ronan em Desejo e Reparação. Uma atriz infantil que teve uma perfomance maravilhosa, irrepreensível e surpreendentemente de muita profundidade. É incrível como Hollywood revela talentos infantis a cada ano que passa. Em 2007 foi Abigail Breslin, a de A Pequena Miss Sunshine, que também recebeu indicação nesta categoria.
Melhor Ator - Daniel Day-Lewis já levou o Oscar uma vez, por Meu Pé Esquerdo... E deve ser o escolhido da Academia novamente. Perfeito, intocável em Sangue Negro. Mas se George Clooney, de Conduta de Risco, levar o Oscar, não vou ficar desapontado...
Melhor Ator Coadjuvante - A categoria mais previsível da noite. Javier Bardem certamente ganhará. Precisa ganhar. É obrigação da Academia premiá-lo com o Oscar. Ufa!
Melhor Filme de Animação - Vide categoria de Melhor Roteiro Original.
Melhor Fotografia e Direção de Arte - Coloquei junto porque escolho o mesmo vencedor para ambas: Desejo e Reparação. Mas não tenho favoritos nestas categorias. Onde Os Fracos Não Têm Vez e Sangue Negro também são filmes de muito primor estético e merecem tanto quanto o meu escolhido.
Melhor Figurino - Fortes concorrentes. Escolho Desejo e Reparação, mais pela beleza estética apresentada no geral. Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, um musical bastante cansativo e sombrio de Tim Burton, talvez seja o grande concorrente.
Melhores Efeitos Visuais - Não vi A Bússola de Ouro e vi Piratas do Caribe: No Fim do Mundo. Mas não tenho dúvida nenhuma de que Transformers levará essa estatueta, e com autoridade. Tudo bem, é um filme ingênuo, infantil, um verdadeiro arrasa-quarteirões descerebrado feito para ganhar dinheiro. Tão somente. O que salva é o visual, algo espetacular, de um apuro técnico que beira a perfeição. A experiência que tive no cinema foi algo inesquecível.
Melhor Trilha Sonora - O Caçador de Pipas e Os Indomáveis têm poucas chances contra os outros indicados. Desejo e Reparação teve um trabalho sonoro esplêndido, destacado quando a personagem Briony Tallis, de Saoirse Ronan, entra em cena. A trilha musical ganha sons de teclas de máquina de escrever, um simbolismo que ajudou a dar ainda mais significação à trama. Com Ratatouille não foi diferente. A trilha é frenética e pontuada de maneira sempre muito veloz, como é o personagem de Remy, o ratinho cozinheiro. Mas minha preferência é por Conduta de Risco. Já que Sangue Negro, que teve todo o trabalho musical produzido por Johnny Greenwood, da banda Radiohead, ficou de fora, fico com o filme de George Clooney. James Newton Howard (de O Sexto Sentido, Sinais e O Fugitivo) concebeu uma trilha sonora de alma semelhante a do filme: fria, quase metálica, mórbida, quase desumana. Casou muito bem com a temática corporativa que inspirou Conduta de Risco.
Melhor Maquiagem - Pela decepção que foi Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, torço por Piaf - Um Hino ao Amor. Norbit? Nem pensar. No way.
Melhor Montagem (ou Edição) - Essa estatueta sempre é misturadas com as outras categorias de ordem técnica, mas é muito importante. Geralmente, define os indicados nas categorias principais. Cavando espaço entre os favoritos Onde Os Fracos Não Têm Vez e Sangue Negro, aparecem o frenético O Ultimato Bourne, O Escafandro e a Borboleta e Na Natureza Selvagem. Dou o prêmio a quem levou a estatueta de Melhor Filme.
Melhor Som e Edição de Som - Os escolhidos da Academia são praticamente os mesmos nas duas modalidades de avaliação sonora. Apenas duas ressalvas: Sangue Negro aparece em Edição de Som e perde espaço para Os Indomáveis no outro quesito. A categoria de Edição de Som envolve a questão da criação de efeitos sonoros para um filme, o que denota, também, a edição da manipulação desses elementos. Acho que Transformers foi o que apresentou mais complexidade e perfeição neste quesito, não tenho dúvida de que é o grande favorito. O Oscar de Melhor Som (ou Mixagem de Som) indica os filmes que tiveram melhor qualidade na gravação e na perfomance de composição sonora. Isso inclui a colocação de diversas faixa de áudio de maneira harmônica, envolvendo música e efeitos sonoros. Transformers, novamente, destaca-se como o grande favorito ao lado de Ratatouille. Pela perfeição técnica vista nos filmes, fica difícil escolher. Fico com Ratatouille, um espetáculo de qualidade instrumental e técnica.
Palavras e mais palavras de muito embromation de cinéfilo. Vou jantar.
2 comentários:
Bom, eu li o post todo (9200 caracteres) e só posso dizer uma coisa.
EU ODEIO O OSCAR.
Não é uma postura apaixonada, é uma decisão racional, convicta e sóbria. A academia já errou demais, demais, demais. Além de ser do ponto de vista "pseudo-filosófico-acadêmico-americano-ops-norte-americano"
há muita mídia, muita!
Essa decisão veio depois do ano que Central do Brasil concorria.
Vi TODOS os filmes e a academia premiou cada coisa que, nem gosto de lembrar. Antes fosse a Cate Blanchet, não precisava ser a Fernanda Montenegro, mas aquela "água-com-açúcar-e-purgante" para melhor atriz... pra mim, perdeu TODA a credibilidade.
Se há algum acerto, considero sorte.
(Estou torcendo para o Javier perder e você se decepcionar com essa baboseira hehehehehe. To torcendo mesmo!)
Que pena no compartir muchas veces el criterio de la Academia en cuanto a entrega de premios.
Sobre todo cuando participan filmes latinoamericanos.
Saludos
y continua con tu blog
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