segunda-feira, 9 de junho de 2008

Da fragilidade sentimental

O coração tem bordas estreitas
E, feito o mar, se mensura
Por um poderoso baixo contínuo
E monotonia azul.

Até que um furacão o seccione
E, enquanto descobre
Seu insuficiente espaço
Aprende em convulsões,

Que a calmaria é tão-só muralha
De intocada gaze:
A pressão de um instante a destrói,
Um questionamento a esgarça.

Emily Dickinson

Só mesmo Dickinson para evocar a fragilidade humana de maneira tão sincera e reveladora. Sem mais palavras...

Um comentário:

... disse...

(repito)

Sem mais palavras...