sábado, 26 de setembro de 2009

Takai na capital

Pois bem, eu nem iria no tributo (gratuito) a Juscelino Kubitschek, "o poeta da obra pública" (segundo João Guimarães Rosa): a sexta-feira foi agitada no jornal e precisava (PRECISO) adiantar leituras pro meu pré-projeto - que resultará em um artigo de conclusão de curso sobre o filme Depois de horas.

Mas aí a Bruna (do de novo. novo. Nó) me convenceu a dar um pulinho lá e conferir o evento. Ela, eu, Carolina e Beatriz lá estávamos à espera da entrada da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional. Era a abertura das comemorações do cinquentenário de Brasília - e uma de produção simples e econômica, no Conjunto Cultural da República. O atraso foi de 1h30 e a apresentação só começou às 21h30. (Ainda bem que as irmãs Carol e Bia descolaram um espaço VIP, com boca livre e vista privilegiada do palco!)

Uma pena que o reservado logo foi invadido por uma horda de falantes e famintos, acompanhados de Paulo Octávio e seu inconfundível sorriso sério. O som montado para a festa também não contribuiu. Resultado: deu pra ouvir pouco.

Mas o que eu queria ver mesmo nessa coisa toda era a Fernanda Takai.

Sutilmente tímida, voz baixinha, acalentadora em Insensatez e Trevo de quatro folhas. Saltitante no baião de Seja o meu céu e perto da perfeição em Diz que fui por aí, a melhor perfomance da noite. A impressão que tive era de que Onde brilhem os olhos seus, o álbum solo da cantora, estava sendo executado ali mesmo, nos alto-falantes. Quase impossível diferenciar a voz ao vivo da voz gravada no disco.

Com açúcar, com afeto, doce apresentação.

Foto retirada daqui

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