segunda-feira, 20 de julho de 2009

Qualquer coisa de diário

Segunda-feira, 20 de julho, Dia do Amigo, dia em que a humanidade (materializada na pessoa do estadunidense) celebra a caminhada na Lua e, precisamente em 2009, dia de volta às aulas da faculdade mais ridicularizada - vítima de piadas e trocadilhos maldosos de Gilmar Mendes, o ministro mais pop do STF - no momento, a de Jornalismo.

Eia, pois, que depois de uma aula soberbamente informativa e interessante (e digo sem ironia alguma, sério), salto na casa da minha avó para o almoço. Diante da televisão, eu e ela assistimos ao programa mais badalado no horário entre 12h e 14h na capital, o Balanço Geral. Diga-se, badalado e barulhento. Excetuando-se o jornalismo comunitário (excessivo, um pouco raso, mas digno), é um programa de palco bem caricato, vide o ar afetado do apresentador Henrique Chaves ("É só subindo!", o repetitivo slogan-merchan, é marca do sujeito), as entradas sonoras mui desnecessárias e as papagaiadas promocionais - gira-gira de prêmios, concurso de "beleza da comunidade" e outras esquisitices esforçadas para aproximar a grande mídia do povo.

Minha avó, dona Iolanda, no vigor de seus 80 anos, recorda-se muito bem da ida do homem à lua. Indo contra a maré supersticiosa dos brasileiros em achar que tudo aquilo foi simulação hollywoodiana da NASA, ela acredita no 20 de julho de 1969, ainda que com um olhar de indiferença. Selo gringo do evento, revista e outras bugigangas de um dos feitos humanos mais celebrados em todos os tempos foram perdidos em "malditas" mudanças e acessos de familiares, infelizmente.

E não só isso: a coleção de selos (na qual havia pelo menos seis raríssimos, colocando-se na conta o da jornada espacial), livros antigos, recortes de reportagens do Correio Braziliense sobre o cangaço de Lampião (uma tia metade paulista, metade goiana visitou o CB em busca de tais reportagens e fracassou), apostilas homemade de artesanato e mais uma dezena de coisinhas que só existem em casa de vó.

Falando nas "malditas mudanças", passo por uma coisa do tipo no momento. Ainda hoje, inicia-se uma reforma-da-reforma lá em casa e a poeira que será futuramente produzida pelas marretadas na laje não nos permitem (minha mãe e eu) lá ficar. Serão duas semanas morando na residência da vó e de uma tia.

E essa segunda-feira 20 ainda escondia outros ineditismos sinistros. De manhã, no troco da passagem de ônibus, recebo uma cédula de R$ 1 (a extinta verdinha, substituída pela barateada moeda de mesmo valor). Agora, às 16h17, finalizo este relato no pré-histórico (porém, reconheçamos, elegantemente clean) Bloco de Notas, porque meu notebook ainda está desprovido de Office - e de Google (Internet); a postagem disso será em computador alheio às __h.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ah cara, gostei muito da ideia que você teve de compartilhar o teu dia aqui no espaço. Fiquei imaginado a figura da tua avó. A minha tem mais ou menos essa idade também, é um barato.

Até mais Felipe.

Felipe Moraes disse...

uaheuahea

Conversar com vó é sempre muito bom, viu... Aprende-se bastante.

;D

Unknown disse...

as casas de vós são hilárias..
Parecem mágicas e guardam umas infinidades de curiosidades pra gente malinar!!!

prazer em conhecer seu blog.

Anne Baylor.

=]